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PERGUNTAS ANTERIORES



  • Caso Clínico 5 - Pergunta 5: Como parte integrante do tratamento multidisciplinar do câncer de mama a paciente, após receber o diagnóstico e planejamento terapêutico, foi encaminhada para aconselhamento genético, psicológico, enfermagem e serviço social.


    Nesse contexto, é CORRETO afirmar:

    • O teste germinativo para avaliação de variantes patogênicas relacionadas ao câncer de mama tem implicações para a paciente e seus familiares, porém não modificam a proposta terapêutica cirúrgica e/ou de terapia sistêmica.
    • Pacientes com câncer de mama apresentam na maioria dos estudos maior prevalência de depressão e maior taxa de divórcio do que mulheres sem diagnóstico de neoplasia maligna.
    • O aconselhamento sobre fertilidade e sexualidade deve ser restrito a mulheres em uso de hormonioterapia.
    • O acesso aos direitos sociais e a mitigação de eventos adversos como a alopecia induzida pela quimioterapia costumam ser fatores de menor relevância no tratamento das pacientes com câncer de mama.
  • Caso Clínico 5 - Pergunta 4: Paciente retorna em consulta com você com o resultado do FISH: HER2 amplificado. Após discussão multidisciplinar, foi proposto realização de quimioterapia neoadjuvante com esquema TCHP (docetaxel + carboplatina + trastuzumabe + pertuzumabe) por 6 ciclos seguido de abordagem cirúrgica.


    Com base na proposta oncológica citada, é CORRETO afirmar:

    • As pacientes com neoplasia de mama HER2 amplificado submetidas a terapia neoadjuvante com esquema de quimioterapia associado a duplo bloqueio anti-HER2 (trastuzumabe e pertuzumabe) de maneira geral costumam ter uma taxa de resposta patológica completa menor do que 30%.
    • Nas pacientes com resposta clínica e radiológica completa após a terapia neoadjuvante, há dados de segurança e eficácia definitivos que nos permitem adiar ou mesmo não realizar a cirurgia definitiva da mama e da axila acometida.
    • A decisão do tipo de abordagem da axila acometida (biópsia de linfonodo sentinela ou esvaziamento axilar) pode variar conforme a taxa de resposta clínica e radiológica com a terapia neoadjuvante.
    • O uso de antraciclinas (como doxorrubicina) é contraindicado em pacientes com neoplasia de mama HER2 hiperexpresso por conta do impeditivo risco acumulado de cadiotoxicidade quando utilizado sequencialmente ao duplo bloqueio anti-HER2.
  • Caso Clínico 5 - Pergunta 3: Considerando os resultados apresentados dessa paciente e conforme as diretrizes da SBOC, é CORRETO afirmar:

    • Visto se tratar de uma doença ressecável restrita a mama e axila, a melhor proposta terapêutica no momento é a cirurgia conservadora da mama com abordagem axilar ipsilateral, seguido posteriormente de avaliação de terapia adjuvante e/ou radioterapia.
    • O resultado de imuno-histoquímica HER-2 dessa paciente deve ser interpretado como inconclusivo/indeterminado e, após a realização da hibridização in situ (FISH, CISH, SISH), é mais provável que esse tumor demonstre-se HER2 hiperexpresso (positivo).
    • Essa paciente, devido ao seu baixo risco cardiovascular, não necessita de avaliação com ecocardiograma transtorácico em caso de ser candidata a terapia sistêmica potencialmente cardiotóxica.
    • Em caso de realização de terapia sistêmica neoadjuvante, o resultado do grau de resposta patológica e da carga tumoral residual implicam diretamente na escolha da terapia pós-operatória sistêmica.
  • Caso Clínico 5 - Pergunta 2: Com relação a realização de biópsia, achados anatomopatológicos e o estadiamento do câncer de mama, é INCORRETO afirmar: 

    • Segundo diretrizes da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), para pacientes com câncer de mama localmente avançado ou que irão receber tratamento neoadjuvante, deve-se realizar estadiamento sistêmico com tomografia de tórax, tomografia de abdome total e cintilografia óssea.
    • Faz parte da rotina da análise do carcinoma invasivo de mama o estudo imuno-histoquímica para avaliação nas células tumorais do receptor de estrogênio, receptor de progesterona, HER-2 e Ki-67.
    • O valor do Ki-67 se destaca pela sua pequena variabilidade interexaminador bem como pela sua inquestionável correlação prognóstica e preditiva no câncer de mama.
    • O grau histológico é um achado anatomopatológico de relevância clínica e foi incorporado como parte do estadiamento TNM 8ª edição pela sua implicação prognóstica.
  • Caso Clínico 5 - Pergunta 1: Com relação ao caso citado e com base nos exames complementares citados, é CORRETO afirmar:

    • A solicitação da mamografia nessa paciente teve como intenção o rastreamento populacional de câncer de mama e encontra-se concordante com as diretrizes do Ministério da Saúde do Brasil.
    • Devido a possibilidade das mulheres com idade entre 40 e 50 anos apresentarem mamas densas, o primeiro e principal exame a ser solicitado para investigação de um nódulo mamário nessa população deve ser a ultrassonografia de mamas.
    • Em casos de nódulo de mama palpável e alta suspeita clínica de neoplasia de mama, pode-se indicar a realização de core biopsy como primeira medida propedêutica e diagnóstica, independentemente dos resultados dos exames complementares.
    • O uso de tomossíntese e ressonância magnética de mamas demostraram claramente em estudos fase III randomizados benefício em sobrevida global quando comparado a mamografia digital como estratégia de rastreamento populacional de câncer de mama.
  • Caso Clínico 4 - Pergunta 5: Paciente foi avaliado pela cirurgia oncológica, que descartou possibilidade de abordagem tendo em vista vários pontos de obstrução. Mantidas medidas clínicas de tratamento. Durante a noite, paciente evoluiu com agitação psicomotora, querendo sair do leito e dizendo palavras confusas.  

    Diante disso, é CORRETO o que se afirma em: 

    • Trata-se de um quadro de delirium, podendo-se utilizar medicações antipsicóticas como haloperidol. No entanto, como paciente é jovem, prefere-se antidepressivos. 
    • Trata-se de um quadro de delirium, que afeta negativamente paciente e familiares. Pode-se utilizar para controle medicações como haloperidol, quetiapina e a depender de grau de agitação, até sedação contínua com benzodiazepínicos. Comunicar familiares sobre o quadro e sobre medidas visando diminuir sofrimento. 
    • Nesse caso, contenção mecânica é suficiente para controlar agitação do paciente.
    • É importante comunicar a família que essa agitação faz parte do fase final de vida, sendo o mais prudente aguardar a evolução natural, uma vez que controle com medicações de suporte não faria diferença nesse momento.
  • Caso Clínico 4 - Pergunta 4: Sobre o controle de sintomas é CORRETO afirmar: 

    • Paciente se encontra com descontrole álgico importante, sendo necessária mudança de medicações para via endovenosa, podendo-se ainda considerar uso de morfina em bomba de infusão. Para os outros sintomas, podemos prescrever metoclopramida, dexametasona, haloperidol, além de sondagem nasogástrica.
    • Os vômitos provavelmente se devem a dor muito forte. A constipação intestinal provavelmente é efeito colateral da morfina. Nesse caso, não cabe diagnóstico diferencial com obstrução intestinal maligna.
    • Deve-se iniciar antibiótico para provável gastroenterite, manter medicações por via oral e aguardar evolução do quadro clínico em 24 a 48h e reavaliar condutas.
    • Como se trata de paciente jovem, devemos insistir no tratamento quimioterápico, que seria o mais indicado para controlar a condição atual.
  • Caso Clínico 4 - Pergunta 3: Sobre essa situação, é INCORRETO afirmar:

    • Com base no cálculo do PPI, o paciente tem menos de 6 semanas de vida, logo não há tempo para resolução de questões jurídicas e/ou financeiras.
    • Quanto aos cuidados de fim de vida, pode-se orientar sobre as diretivas antecipadas de vontade, documento formal, em que o paciente registra seus desejos acerca dos cuidados, procedimentos e tratamentos que podem ser utilizados, ou não.
    • Com base no cálculo do PPI, estima-se que o paciente pode ter mais de seis semanas de vida, podendo resolver as questões (financeiras e jurídicas) que lhe deixam preocupado, bem como a visita da filha.
    • Ainda em relação aos cuidados de fim de vida, faz-se o reforço de que os cuidados paliativos visam controle impecável de sintomas e manutenção da dignidade humana, diante de doença ameaçadora à vida.
  • Caso Clínico 4 - Pergunta 2: O questionário, que tem como base o mnemônico PAIN RULES*, é comumente aplicado para identificar sinais e sintomas que mais incomodam o paciente. Diante disso do que foi reportado pelo paciente, é CORRETO afirmar que: 

    *Obs: (Pain, Anorexia, Incontinence, Nausea or other gastrointestinal symptomns, Respiratory symptoms, Ulcerations, Level of functioning [ECOG, Karnosfky], Energy [fadigue, asthenia], Sleep).

    • Como os sintomas de náusea, fadiga e hiporexia provavelmente estão relacionados ao início da quimioterapia, não é necessário intervenção. 
    • O paciente apresenta dor EVA 6, moderada, mas ainda não está fazendo uso de medicações analgésicas, então o ideal já seria começar com opioides fortes, sem considerar analgésicos comuns ou AINE’s. 
    • O questionário só deve ser realizado se o paciente se queixar de algum sintoma, caso esteja com bom controle, não é necessário.
    • Para náusea e para os vômitos, pode-se prescrever ondansentrona 8 mg, se necessário. Para fadiga e hiporexia, pode-se associar dexametasona 4 mg, uma vez ao dia, que também irá contribuir para o controle da dor, visto que é anti-inflamatório esteroidal potente. 
  • Caso Clínico 4 - Pergunta 1: O paciente questiona qual o objetivo da consulta com a equipe de cuidados paliativos, visto que ele se sente bem, quase não apresenta sintomas da doença ou efeitos colaterais da quimioterapia. Além disso, seu oncologista lhe disse que a doença, apesar de incurável, tem tratamento. Diante de tais questionamentos, assinale a afirmativa INCORRETA:

    • Cuidados Paliativos é uma especialidade multidisciplinar que se concentra na prevenção e no alívio do sofrimento, além de apoio ao paciente e seus familiares.  
    • Além de manejo de sintomas, outros objetivos são definição de metas do cuidado, de acordo com valores e preferências do paciente e seus familiares.  
    • Os cuidados paliativos visam aliviar sofrimento apenas de pacientes que se encontram em fase final de vida, que é o momento em que o controle de sintomas é importante. 
    • Quanto mais precoce os cuidados paliativos, melhor para o paciente, familiares e equipes interdisciplinares, uma vez que controla sintomas, aumenta adesão ao tratamento, melhorando qualidade de vida e podendo até prolongar sobrevida.