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PERGUNTAS ANTERIORES



  • Caso clínico 7 - Pergunta 5: Considere as afirmações abaixo e selecione a opção correta:


    (I) Síndrome de veia cava superior não é mais considerada um emergência oncológica. Está mais comumente relacionada a neoplasias torácias e o tratamento deve sempre envolver radioterapia.

    (II) Hipercalcemia malígna é um fator de mau prognóstico (menor sobrevida) e é observada principalmente em tumores hematológicos.

    (III) A hiponatremia é o distúrbio metabólico mais comum no paciente oncológico. A etiologia dessa condição é multifatorial e inclui a síndrome da secreção inapropriada do hormônio antidiurético, hipovolemia e nefropatia perdedora de sal.

    (IV) As neoplasias estão entre as causas mais comuns de hemoptise, principalmente quando os tumores estão localizados na perfeia, acometendo pequenas vias respiratórias. A hemoptise não é uma emergência em si, mas uma hemorragia substancial pode levar à hipoxemia, podendo ser fatal.

    • Apenas I está correta.
    • Apenas II e III estão corretas.
    • Apenas III está correta.
    • Apenas IV está correta.
    • Nenhuma alternativa está correta.
  • Caso clínico 7 - Pergunta 4: Em relação à síndrome de compressão medular neoplásica considere as afirmações abaixo e selecione a opção correta:

    (I) Metástase para a coluna ocorrem em 3-5% dos pacientes oncológicos e são mais comuns em pacientes com câncer de ovário, melanoma e câncer de rim.
    (II) A injúria à medula espinhal pode ser decorrente tanto da compressão quanto de isquemia devido à oclusão vascular secundário ao crescimento tumoral.
    (III) Usualmente é causada por extensão tumoral direta, mas pode também raramente ser causada por colapso e compressão pelo corpo vertebral acometido por doença metastática.
    (IV) Coluna dorsal é mais frequentemente envolvida e o inicio precoce de corticoterapia endovenosa é a medida mais importante no manejo clínico.

    • Apenas I está correta.
    • Apenas II está correta.
    • Apenas I e II estão corretas.
    • Apenas II e III estão corretas.
    • Apenas III e IV estão corretas.
  • Caso clínico 7 - Pergunta 3: Em relação ao manejo desse paciente selecione a melhor opção:

    • Internação hospitalar. Solicitar TC tórax, coletar hemoculturas e iniciar cefepime, vancomicina e filgrastima. Duração da antibioticoterapia conforme protocolo institucional.
    • Internação hospitalar. Solicitar TC tórax, coletar hemoculturas e iniciar cefepime, vancomicina e filgrastima. Após 72h, se estiver afebril, manter antibiótico até quinto dia e suspender caso culturas negativas e neutrófilos > 500/mm3 por pelo menos 48h.
    • Internação hospitalar. Solicitar TC tórax, coletar hemoculturas e urocultura, e iniciar cefepime, filgrastima e anti-fúngico.
    • Internação hospitalar. Solicitar TC tórax, coletar hemoculturas e iniciar cefepime.
    • Reposição volêmica, solicitar TC tórax, coletar hemoculturas e observação na emergência. Havendo melhora liberar com ciprofloxacino + clavulin por 7 dias.
  • Caso clínico 7 - Pergunta 2: Quanto ao manejo assinale a opção correta:

    • Hidratação vigorosa e observação na emergência. Se melhora, alta com receita de loperamida e ciprofloxacino por 3 dias.
    • Hidratação vigorosa e observação na emergência. Se melhora, alta com receita de prednisona 1 mg/kg VO e ciprofloxacino por 3 dias.
    • Internação hospitalar, hidratação e prednisona 1 mg/kg VO. Se não for possível afastar causa infecciosa associar antibioticoterapia.
    • Internação hospitalar, hidratação e início imediato de infliximabe 5mg/kg e antibioticoterapia.
    • Internação hospitalar, hidratação e corticoterapia endovenosa. Se não for possível afastar causa infecciosa associar antibioticoterapia.
  • Caso clínico 7 - Pergunta 1: Referente ao diagnóstico e manejo assinale a alternativa correta. :

    • Trata-se de um evento adverso imunomediado. Necessário internação hospitalar, hidratação, correção dos distúrbios hidroeletrolíticos e corticoterapia endovenoso com metilprednisolona.
    • Trata-se de um evento adverso imunomediado. Necessário internação hospitalar, hidratação, correção dos distúrbios hidroeletrolíticos e terapia imunossupressora com infliximabe.
    • Trata-se de um evento adverso relacionado à quimioterapia. Necessário internação hospitalar, hidratação, correção dos distúrbios hidroeletrolíticos, alcalinização da urina a alopurinol.
    • Trata-se de um evento adverso relacionado à quimioterapia. Necessário internação hospitalar, hidratação, manejo para hipercalemia, reposição de cálcio e rasburicase.
    • Trata-se de um evento adverso relacionado à quimioterapia. Necessário internação hospitalar, hidratação, manejo para hipercalemia e rasburicase. Cálcio não deve ser reposto devido à hiperfosfatemia e consequente risco de piora da função renal.
  • Caso clínico 6 - Pergunta 5: Sobre a Síndrome de Li-Fraumeni:

    • É uma síndrome autossômica dominante rara, de alta penetrância, associada a mutações germinativas nos genes TP53 ou STK11.
    • É caracterizada por um espectro bem definido de neoplasias em idade precoce, que envolve apenas 5 tipos de tumores: sarcomas ósseos e de partes moles, câncer de mama na pré-menopausa, carcinoma adrenocortical, tumores cerebrais e leucemias.
    • Pela prevalência elevada da Síndrome de Li-Fraumeni no Brasil, como rastreamento deste diagnóstico é recomendada a pesquisa de mutação somática de TP53 em todos os tumores diagnosticados em indivíduos <40 anos.
    • Em famílias diagnosticadas com esta síndrome, devemos testar todos os indivíduos > 18-20 anos; aqueles <18 anos são poupados da investigação molecular porque esta síndrome não determina risco elevado de câncer na infância ou adolescência.
    • A identificação da Síndrome de Li-Fraumeni é extremamente importante pois permite o cuidado multidisciplinar e a adoção de protocolos de detecção precoce de câncer com potencial benefício de sobrevida.
  • Caso clínico 6 - Pergunta 4: Sobre a Síndrome de Lynch:

    • Nesta síndrome, o CCR ocorre em idade mais precoce que em pacientes com tumores esporádicos, mais frequentemente em cólon distal, com histologia bem diferenciada e diferenciação mucinosa ou células de anel de sinete.
    • Embora o CCR seja o tumor mais freqüente na Síndrome de Lynch, há uma predisposição também para tumores extra-colônicos como endométrio (mais comum), intestino delgado, ureter e pelve renal, estômago, trato hepatobiliar e ovário.
    • Os critérios clínicos de Amsterdam II e Bethesda têm elevada sensibilidade e especificidade, e identificam com acurácia de 96% os pacientes com Síndrome de Lynch.
    • É recomendado rastreamento universal da Síndrome de Lynch com imuno-histoquímica para proteínas de reparo ou pesquisa de instabilidade de microssatélites em todos os pacientes com tumores de mama ou ovário.
    • O diagnóstico da Síndrome de Lynch é feito através da identificação de mutações somáticas em genes de reparo do DNA (MLH1, MSH2, MSH6, PMS2) ou ainda no gene EpCAM.
  • Caso clínico 6 - Pergunta 3: Sobre as alterações que envolvem os genes envolvidos no câncer de mama hereditário:

    • BRCA1 e BRCA2 são os principais genes do câncer de mama hereditário; mutações patogênicas germinativas nestes genes estão associadas a maior risco de câncer de mama, ovário, trompas de falópio, peritôneo, pâncreas e próstata.
    • O painel multigênico amplia a avaliação de predisposição hereditária para outros genes relacionados ao câncer de mama hereditário (TP53, PALB2, PTEN, ATM, CHEK2, NF1 e STK11, por exemplo), mas mutações patogênicas ou provavelmente patogênicas nestes outros genes ainda não têm validade ou utilidade clínica.
    • Variantes de significado incerto em genes de alta penetrância indicam medidas de redução de risco idênticas àquelas de variantes patogênicas.
    • Os genes TP53, PALB2, PTEN, ATM, CHEK2, NF1 e STK11 estão associados exclusivamente ao câncer de mama hereditário e assim a adenomastectomia redutora de risco bilateral é a única medida indicada para redução de risco destes pacientes.
    • Os familiares de primeiro e segundo grau do lado materno de um paciente com mutação germinativa patogênica em ATM devem ser recrutados para teste genético; familiares do lado paterno são dispensados da investigação.
  • Questão anulada!
    Caso clínico 6 - Pergunta 2: Sobre as indicações clínicas para investigação molecular de predisposição hereditária a câncer de mama:

    • Pacientes com com história pessoal de câncer de mama em idade ≤60 anos, independente da história familiar, devem ser investigadas.
    • O teste genético é obrigatório para pacientes com câncer de mama triplo negativo, independente da idade e da história familiar.
    • Pacientes com câncer de mama em qualquer idade e ≥1 parente próximo com câncer de mama jovem (≤50 anos) ou câncer de ovário, pâncreas ou próstata metastático devem ser encaminhadas para aconselhamento e teste genético.
    • Pacientes com história familiar de câncer de mama em ≥1 parente próximo do lado materno e ≥1 parente próximo do lado paterno têm probabilidade pré-teste >50% de mutação patogênica germinativa em BRCA1/2.
    • Em pacientes com câncer de mama diagnosticado em idade ≤31 anos, ou naquelas com câncer de mama e ≥1 parente de primeiro grau com sarcoma, os critérios clínicos são suficientes para a confirmação do diagnóstico de Síndrome de Li-Fraumeni.
  • Caso clínico 6 - Pergunta 1: Sobre o aconselhamento genético, podemos afirmar:

    • Um indivíduo suspeito para predisposição hereditária ao câncer deve ser submetido a investigação molecular e, caso o teste confirme o diagnóstico, deve ser encaminhado para aconselhamento genético.
    • O aconselhamento genético pré-teste é um processo que envolve a estratificação do risco de câncer, a educação do paciente, a seleção daqueles que devem ser submetidos a teste genético e a definição da estratégia de investigação molecular.
    • Na investigação de famílias com critérios clínicos para câncer hereditário, o teste genético deve ser feito inicialmente, sempre que possível, em familiares não afetados por câncer.
    • A pesquisa de mutações germinativas em pacientes com critérios clínicos para predisposição hereditária ao câncer deve preferencialmente ser realizada no tecido tumoral.
    • O aconselhamento pós teste ajusta estratégias de redução de risco de câncer (rastreamento intensivo, quimioprofilaxia, cirurgias redutoras de risco) para os portadores de mutação, mas nunca deve interferir no cuidado médico do paciente já diagnosticado com câncer.