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PERGUNTAS ANTERIORES
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Caso Clínico 7 - Pergunta 5: Como parte integrante do tratamento multidisciplinar do câncer de próstata o paciente foi encaminhado para aconselhamento genético.
Nesse contexto, é CORRETO afirmar:
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Apesar do paciente possuir história familiar positiva para neoplasia, o câncer de próstata possui baixa relação com síndromes genéticas. Não sendo indicado formalmente avaliação de painel genético complementar.
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O paciente em questão possui história familiar positiva sugerindo a possibilidade de mutação germinativa de BRCA. Dentre as possíveis mutações envolvidas em câncer de próstata, a mutação de BRCA2 é a mais comum.
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O paciente em questão possui história familiar positiva sugerindo a possibilidade de Síndrome de Lynch, que representa a alteração germinativa mais esperada em neoplasia de próstata.
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A realização de investigação para mutações germinativas só está indicada em pacientes com neoplasia de próstata metastática. Cenário em que as opções terapêuticas podem diferir a depender do painel genético.
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Questão anulada!
Caso Clínico 7 - Pergunta 4: No contexto atual, após estadiamento, é CORRETO afirmar:
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São opções de tratamento tanto a radioterapia primária de próstata quanto a prostatectomia radical, equivalentes em termos de chances de sobrevida. A escolha da opção a ser realizada deve levar em consideração múltiplos fatores como idade, comorbidades, tamanho da próstata e desejo do paciente.
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Pacientes com doença de risco intermediário ou alto risco devem ser preferencialmente tratados com cirurgia, objetivando-se maior chance de cura.
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A escolha entre radioterapia primária e prostatectomia radical deve levar em consideração as complicações de cada tratamento. Apesar de a longo prazo a cirurgia proporcionar maior risco de incontinência urinária e disfunção erétil, a radioterapia possui maior risco de retite crônica.
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Para pacientes de risco intermediário desfavorável, pode ser considerado uma opção de vigilância ativa. Em que se realiza seguimento rigoroso do paciente, resguardando a realização de tratamento apenas em caso de progressão.
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Caso Clínico 7 - Pergunta 3: Com relação aos exames necessários para estadiamento deste paciente, conforme a Diretriz de Câncer de Próstata Localizado da SBOC, é CORRETO afirmar:
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Está indicado a realização de PET-PSMA em substituição aos exames de imagens convencionais, sempre que houver acesso ao exame.
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Devido ao baixo risco de pacientes com doença metastática, exames de imagem para a avaliação de doença a distância estão indicados apenas em pacientes com sintomas e/ou alteração laboratorial que sugira doença metastática (por exemplo: aumento de fosfatase alcalina sérica).
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A avaliação de sítio óssea com cintilografia óssea está indicada para todos os pacientes de risco intermediário a alto.
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Como o principal sítio de metástase de câncer de próstata é o fígado, a realização de tomografia ou ressonância de abdome está sempre indicada, independente de sintomas ou classificação do risco do paciente.
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Caso Clínico 7 - Pergunta 2: Com relação ao resultado da biópsia e demais exames obtidos até o momento, é CORRETO afirmar:
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A realização de biópsia guiada por ressonância magnética da próstata possui taxas de diagnóstico e acurácia similares à realização de biópsia guiada exclusivamente por ultrassonografia. Não sendo indicado a realização formal do exame antes da biópsia.
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O exame de PSA possui papel na classificação de risco de paciente portador de câncer de próstata já diagnosticado. Para este paciente, por exemplo, podemos classificá-lo como portador de doença localizada de risco intermediário desfavorável (classificação de risco disponível na diretriz de câncer de próstata localizado da SBOC).
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Apesar do resultado da biópsia ter sido positiva para neoplasia, a descrição de PIRADS IV na ressonância de próstata se correlaciona mais frequentemente com a baixa chance de neoplasia maligna da próstata.
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Apesar do valor de PSA alterado ter motivado a realização da biópsia, pacientes em uso de inibidores de 5-alfa redutase podem expressar valores de PSA até 50% acima do habitual. Devido a isso, valores alterados em vigência desta classe de medicação devem ser repetidos após suspensão do fármaco.
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Caso Clínico 7 - Pergunta 1: Com relação ao caso citado e com base nos exames complementares citados, é CORRETO afirmar:
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A solicitação do exame sérico de PSA como método de rastreamento é recomendada pelo Ministério da Saúde para todos os pacientes do sexo masculino a partir dos 50 anos.
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Atualmente, o rastreamento universal para câncer de próstata não está indicado pelo Ministério da Saúde, devido a alta taxa de falso negativo do exame de PSA sérico.
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O rastreamento do câncer de próstata está indicado para todos os pacientes com hiperplasia prostática benigna. A alta relação desta patologia com o desenvolvimento de neoplasia de próstata promove benefício no rastreamento ativo com PSA e toque retal.
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Atualmente, o rastreamento universal para câncer de próstata não está indicado pelo Ministério da Saúde, devido ao grande número de casos de câncer de próstata indolentes diagnosticados com esta medida. Isto é, casos cujos diagnósticos precoces não parecem promover benefício clínico, além de proporcionar morbidade relacionado aos exames/tratamentos.
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Caso Clínico 6 - Pergunta 5: Uma vez estabelecidos os componentes T e N do estadiamento TNM, é necessário garantir a adequada avaliação do componente M.
Para tanto, é CORRETO afirmar:-
A ressonância nuclear magnética de crânio com contraste endovenoso deve ser solicitada em pacientes com sinais ou sintomas suspeitos de metástases cerebrais, bem como, nos casos candidatos à cirurgia (especialmente naqueles com estadiamento II e III).
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A realização de PET/CT com FDG é suficiente para afastar de forma definitiva a existência de metástases.
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O achado de nódulos pulmonares no pulmão contralateral não constitui condição considerada como M1 e, portanto, não afasta a possibilidade de intervenção cirúrgica.
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Marcadores tumorais como CEA ou CA125 acima dos valores de referência são suspeitos para a existência de metástases e devem ser considerados como definidores, não sendo necessário realizar exames adicionais para estabelecer o quadro como M1.
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Caso Clínico 6 - Pergunta 4: O estadiamento do câncer de pulmão está baseado mediante classificação TNM (8ª edição). O componente linfonodal (N) é fundamental para o adequado estadiamento. Considerando os achados do caso apresentado está CORRETO afirmar:
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O achado de um linfonodo suspeito (no hilo direito) no PET/CT é suficiente para definir o caso como N3. Casos assim são considerados avançados (IVa) e, portanto, fora de possibilidade cirúrgica.
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Não há recomendação de avaliação histológica de áreas suspeitas porque a especificidade do PET/CT é suficiente para estabelecer que se trata de um achado verdadeiro positivo. Do mesmo modo, é possível afirmar que nenhum outro linfonodo está comprometido.
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O risco de falsos-positivos, que podem ocorrer em doenças infecciosas ou inflamatórias, afasta a recomendação de avaliação histológica adicional de linfonodos suspeitos. Adicionalmente, linfonodos acometidos por metástases sempre se apresentam aumentados em suas dimensões.
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A avaliação de linfonodos mediastinais pode ser realizada por métodos como mediastinoscopia ou ultrassonografia endobrônquica (EBUS) e faz parte, rotineiramente, da avaliação adequada do componente N nos pacientes candidatos à cirurgia.
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Caso Clínico 6 - Pergunta 3: Estabelecido o diagnóstico histológico de adenocarcinoma, o cirurgião torácico comunica que a paciente é candidata à cirurgia.
Ciente de que o estadiamento da paciente não está completo, o oncologista CORRETAMENTE contra-argumenta com o cirurgião:-
Pacientes potencialmente candidatos a tratamento cirúrgico devem ter solicitado o exame de PET/CT com FDG. O uso de tal exame consegue reduzir de forma significativa o número de toracotomias consideradas fúteis por ser mais sensível na identificação da presença de metástases que outros métodos.
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Segundo as diretrizes de tratamentos oncológicos da SBOC, a paciente não deve ser submetida à cirurgia até que todas as pesquisas de mutação, tais como EGFR e fusão de ALK, sejam realizadas e completem o estadiamento TNM.
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A paciente não deve ser submetida à abordagem cirúrgica até que o componente M do estadiamento TNM esteja adequadamente investigado. Para tanto é imprescindível avaliar os linfonodos regionais.
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Antes de considerar a ressecção cirúrgica, é necessário investigar a possibilidade de metástases ósseas (sítio frequente de implantes secundários em câncer de pulmão). Para tanto, a alternativa padrão-ouro é a realização de cintilografia óssea.
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Caso Clínico 6 - Pergunta 2: Diante dos achados tomográficos, a paciente foi encaminhada para avaliação do cirurgião torácico. Quanto à confirmação diagnóstica é CORRETO afirmar:
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Antes de considerar a amostragem tecidual para confirmação diagnóstica, é necessário realizar PET/CT com 18F-fluorodesoxiglicose (FDG), pois só assim é possível identificar o melhor sítio para biópsia.
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Como regra, o único local que deve ser biopsiado é o tumor primário. Lesões metastáticas, tais como hepáticas ou linfonodais, não devem ser escolhidas como opção ainda que mais facilmente acessíveis.
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Pequenas amostras obtidas da área suspeita são suficientes para estabelecer o diagnóstico e realizar todas as análises complementares, como pesquisa de mutações e PDL-1, conforme orientado pela diretriz de tratamento oncológico da SBOC.
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Múltiplas técnicas são possíveis para a obtenção de amostra de tecido para avaliação histológica, entre elas está a broncoscopia com biópsia e a biópsia percutânea/transtorácica guiada por tomografia.
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Caso Clínico 6 - Pergunta 1: Considerando o caso relatado e o achado radiográfico, é CORRETO afirmar:
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Perfil laboratorial completo incluindo hemograma, transaminases, eletrólitos séricos (incluindo cálcio), marcadores tumorais (CEA, CA 125, CA 19.9), albumina, coagulograma e pesquisa de BAAR (bacilos álcool-ácido resistentes) no escarro são essenciais para estabelecer o adequado diagnóstico.
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Tomografia computadorizada de tórax com uso de contraste venoso, avaliando tórax e abdome superior (incluindo adrenais) faz parte da avaliação inicial considerando a suspeita de neoplasia de pulmão.
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A radiografia de tórax é método frequentemente utilizado e suficiente para considerar a principal suspeita clínica e permitir o planejamento do melhor método para confirmação diagnóstica, por meio da amostragem tecidual para exame histológico.
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O emprego da ressonância de tórax com contraste endovenoso é método de escolha para avaliar adequadamente o achado radiográfico. Adicionalmente, a imagem do mediastino obtida pela ressonância pode descartar o comprometimento de linfonodos mediastinais e com isso excluir a indicação de avaliação linfonodal.
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